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Operações de empréstimo e financiamento contam com um risco muito sério para o emprestador dos recursos: o risco do devedor não pagar. Esse risco é conhecido como risco de crédito.
Presente em todas as operações de renda fixa, o risco de crédito é um fator importante a ser analisado desde operações mais simples, como o investimento em CDB, até operações mais complexas, como a compra de títulos soberanos de países.
O que é o risco de crédito?
O Risco de Crédito, ou Risco de Calote, é uma forma de medir o risco de algum tomador de empréstimo atrasar ou mesmo não pagar, o que deve ao seu credor.
Por exemplo, quando um banco empresta dinheiro a algum cliente, essa instituição está correndo o risco de não receber os juros e o principal desse empréstimo na data combinada, ou mesmo não receber nada.
Na maioria dos casos, sempre é possível recuperar alguma parcela do investimento, como 40%, 50%, e assim, costuma se definir o prejuízo como:
Prejuízo = Probabilidade de perda X Perda estimada
A perda estimada é aquele valor que efetivamente será perdido em caso de calote.
Mas também o Risco de Calote pode ser entendido da perspectiva do investidor em renda fixa, como aquele que investe em:
CDB
LCI
LCA
Debêntures
Por exemplo, digamos que você compre uma debênture com vencimento em 10 anos e pagamento de cupons sempre em julho.
O risco de calote seria você não receber (ou receber com atraso) os cupons e o principal do seu investimento.
Vale reforçar que a chance de um calote de um título público emitido no Brasil é praticamente nula. Então vamos tratar neste artigo somente dos títulos privados.
Risco de Calote e a Garantia do FGC
Para aqueles investidores que aplicam em CDB, LCI, LCA, Caderneta de Poupança, Letras de câmbio, e outros títulos menos comuns, existe a chamada garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Claro que não é uma garantia ilimitada e em linhas gerais são garantidos apenas R$ 250.000 por F por instituição financeira.
Mas vale reforçar que o FGC é uma instituição privada e portanto, também está sujeita ao risco de calote.
Ou seja, se o FGC não puder pagar, então não há como o investidor recuperar o seu investimento.
E por esse motivo, o investidor deve ser muito cauteloso ao fazer a análise da empresa que está emitindo as debêntures.
Ele deve avaliar as garantias, os covenants, a situação financeira da companhia e também a nota de crédito.
Por exemplo, em 2016 a empresa têxtil Karsten deixou de pagar R$ 237 milhões aos seus debenturistas.
De fato, muitos investidores, principalmente os iniciantes, ficam atraídos com altas taxas de rentabilidade oferecidas por debêntures de qualidade duvidosa.
Mas se esquecem de que o risco pode ser muito elevado e as perdas maiores do que imaginam.
Conclusão sobre Risco de Calote
O Risco de Crédito é o principal risco da renda fixa. E afeta os investidores que esperam receber os pagamentos prometidos. Somente com uma análise de crédito bem feita é possível controlar esse tipo de risco, que já prejudicou diversos aplicadores.
Formado em Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Rodrigo Wainberg é head de Ações Brasil da Suno Research. Possui o certificado Chartered Financial Analyst (CFA). Autor do livro Guia Suno Small Caps e especialista em investimentos no Brasil e análise de negócios.